Mesmo quem não é fã de canela não resiste ao sabor suave e textura macia. Usei a receita do Pão de Três Leites, fácil de fazer. A combinação da manteiga com o açúcar mascavo deixa esse pãozinho ainda mais saboroso. Não tem como não gostar.
INGREDIENTES
Massa(Pão de Três Leites) 🔸 500g de farinha de trigo 🔸 200g de leite condensado 🔸 2 ovos 🔸 20g de leite em pó integral 🔸 120g de leite integral (líquido!) 🔸 60g de manteiga sem sal (ponto pomada) 🔸 100g de levain (1-2-2) 🔸 4g de fermento biológico seco (para deixar o pão ainda mais macio) 🔸 8g de sal
⚠️ Se não for usar o levain, use no total 10g de fermento biológico seco. Se for usar apenas levain, aumente pra 150g.
Recheio 🔸 50g de manteiga sem sal 🔸 70g de açúcar mascavo 🔸 6g de canela em pó
Glacê 🔸 140g de açúcar de confeiteiro 🔸 50g de creme de leite leve
No bowl da batedeira, misture bem o leite condensado e o leite integral. Adicione os ovos, o leite em pó, o sal, o extrato natural de banilha e o fermento natural ativo, refrescado na proporção 1-2-2 e o fermento biológico seco.
Acrescente também toda a farinha e comece a bater, com gancho, em velocidade baixa, até incorporar bem todos os ingredientes. Aqui eu deixei uns 5 a 6 minutos, até a massa começar a ficar mais homogênea.
Continue batendo a massa na segunda velocidade e comece a adicionar a manteiga em ponto de pomada, uma pequena porção de cada vez, esperando a massa absorver toda gordura, para só então adicionar mais. Isso deve levar uns 10 minutos, mas o tempo pode variar. Apenas não deixe a massa esquentar demais. Fique de olho!
Quando a massa estiver bem desenvolvida, elástica, e com ponto de véu, tire da batedeira, boleie e deixe descansar até dobrar de tamanho. Isso pode levar umas 4 horas, se não usar fermento biológico, dependendo da sua temperatura ambiente. Se preferir pode levar para longa fermentação na geladeira depois que ela começar a crescer e mostrar sinais de que já está fermentando.
Com a massa já com o dobro do tamanho, transfira para uma bancada levemente enfarinhada e comece a abrir com ajuda de um rolo. Abra a massa num retângulo de aproximadamente 60x30cm. Esse tamanho rende 10 a 12 rolinhos de 4 a 5cm.
Passe a manteiga amolecida em toda a massa, com uma colher ou espátula. Numa vasilha, misture bem 80g de açúcar mascavo com 8g canela e polvilhe por toda a massa, criando uma cobertura uniforme.
Comece a enrolar a massa a partir da lateral maior, pressionando levemente para obter um rolo firme. Ao final você terá a massa toda enrolada. Faça marcações na massa, em intervalos de de 4 a 5cm, para facilitar o corte. Com ajuda de uma linha (aqui eu usei fio dental!), corte os rolinhos. Se preferir pode cortar com uma faca.
Coloque os rolinhas numa forma antiaderente ou untada com manteiga com espaço entre eles para crescerem na segunda fermentação.
Cubra e deixe fermentar até dobrarem de tamanho, por umas 2 a 3 horas. Esse tempo pode variar de acordo com a temperatura ambiente. E se você fizer apenas com Fermento Biológico esse tempo será bem menor. Acompanhe de perto.
Pré-aqueça o forno a 160 graus. Leve a massa para assar por 20 a 25 minutos, até dourar no ponto que você gosta. O tempo pode variar de acordo com seu forno. Depois de uns 20 minutos, fique de olho para não queimarem ou ressecarem demais.
Enquanto os rolinhos assam, misture numa vasilha 140g de açúcar de confeiteiro e 50g creme de leite leve, de caixinha. Depois dos cinnamon rolls assados, passe esse glacê sobre os rolinhos ainda quentes.
Coloque a mistura num saco de confeitar, corte a ponta bem fininha e passe pra lá e pra cá. O efeito é incrível. Se não tiver saco de confeitar, pode usar um saco descartável qualquer ou passar com uma colher ou molheira.
Quer dica de ouro? Quando for comer os rolinhos, aqueça por 10 segundos no microondas. Eles ficam ainda mais macios, úmidos e saborosos. Não tem como não gostar!
Quer aprender a fazer o Pão da Juma Marruá, cheio de pintas da nossa onça-pintada? Chegou a hora! Assista ao vídeo até o fim e compartilhe com os amigos. É a melhor forma de Juma, meu levain, saber que vocês curtiram e que querem muito mais receitas incríveis como essa!
Quem me conhece sabe que sou noveleiro, e que meu levain se chama Juma Marruá, igual a da novela Pantanal. Homenagem super especial à personagem de Cristiana Oliveira, na novela de Benedito Rui Barbosa, de 1990, na TV Manchete. E é claro que não perco nenhum capítulo da nova versão, assinada pelo neto do autor, Bruno Luperi, que agora tem a atriz Alanis Guillen no papel da pantaneira que vira onça “quando tá com réiva”. Viva Juma Marruá!
20g de cacau em pó (ou chocolate em pó a partir de 70%)
15g de cacau black (ou carvão ativado em pó)
8g de cúrcuma em pó
30g de leite integral líquido (em 3 porções de 10g para colorir a massa)
Atenção: Se não tiver levain, faça um pré-fermento com 5g de fermento biológico seco, 75g de água e 75g de farinha de trigo. Use quando dobrar de tamanho.
MODO DE PREPARO
No bowl da batedeira, adicione a farinha, o leite em pó, o açúcar, o leite, o sal, os ovos e o fermento natural. Aqui usei meu levain Juma Marruá.
Com o gancho, comece a sovar em baixa velocidade, até a massa ficar homogênea. Deixe ela descansar por 10 minutos e então volte a bater, por 5 minutos. Adicione a manteiga em ponto de pomada, um pouco de cada vez, e continue sovando, na segunda velocidade, até que a massa fique bem uniforme, lisa e elástica. Isso deve levar uns 15 minutos. Vai variar de acordo com sua batedeira. Cuidado para a massa não esquentar demais.
Ao final, quando estiver bem desenvolvida e soltando da lateral do bowl, divida a massa em duas partes, uma maior que a outra. Se for pesar, deixe uma com 60% e a outra com 40%.
Divida a parte menor, novamente, em duas partes, uma maior que a outra. Algo perto de 60% e 40%. Hora de colorir a massa! Vamos precisar de cacau em pó, cacau black (ou carvão ativado) e cúrcuma. Agora você tem 3 tamanhos de massa. Pegue o maior pedaço, coloque no bowl da batedeira, adicione a 8g de cúrcuma em pó e 10g de leite, misturando em baixa velocidade até ficar com a cor uniforme. Não precisa sovar muito.
Pegue a massa de tamanho médio, coloque na batedeira com 20g de cacau em pó e 10g de leite e misture até ficar com a cor marrom uniforme. Repita o processo com a massa menor, adicionando 10g de cacau black e 10g de leite. Misture até obter uma cor uniforme mais escura. Boleie as massas, coloque em vasilhas, cubra e deixe fermentar até dobrarem de tamanho.
Se preferir fazer longa fermentação, leve as massas cobertas para a geladeira quando crescerem 50% e mostrarem sinais de fermentação. Deixe por pelo menos 12h, até dobrarem de tamanho.
Unte a forma de pão com manteiga ou spray desmoldante e reserve.
Hora de fazer as pintas da nossa onça!
Retire cada bola de massa das vasilhas e coloque sobre a bancada levemente enfarinhada, pressionando com cuidado para tirar todo ar.
Divida cada bola de massa em 8 partes. Ao todo você terá 24 pedaços em três diferentes tamanhos. Boleie cada pedaço e reserve.
Pegue uma bolinha de massa marrom claro, abra com ajuda de um rolo num retângulo e enrole pelo comprimento, formando um cilindro firme. Esse será o miolo da pinta da nossa onça.
Em seguida, pegue uma bolinha de massa marrom escuro, quase preto, abra com o rolo. Posicione o Rolinho marrom claro no centro e enrole ao seu redor, o suficiente para cobri-lo. Não precisa ficar perfeito. A beleza das pintas da onça também está nessa imperfeição do contorno.
Pegue uma bolinha de massa amarela, abra com o rolo e envolva completamente o rolinho duplo marrom que acabou de fazer. Se precisar, alongue com as mãos os rolinhos para que tenham o mesmo comprimento da sua forma. Ao final você terá 8 rolos de três camadas.
Coloque os rolinhos na forma, aleatoriamente. Cubra a forma e deixe a massa crescer até dobrar de tamanho.
Pré-aqueça o forno a 170 graus.
Quando a massa estiver pronta para assar, pincele uma mistura de ovo e água e leve ao forno por 35 minutos. O tempo pode variar de acordo com seu forno. Fique de olho!
Depois de assado, espere 10 minutos, desenforme e deixe esfriar completamente sobre uma grelha.
Corte o pão e revele as pintas de sua onça pintada. Aproveite!
Experimentar novas receitas, testar novas combinações de ingredientes e descobrir novos resultados é uma das partes mais divertidas (e saborosas) de fazer pão em casa. Eu adoro pães rústicos, de casca mais grossa, como os típicos sourdoughs, mas um pãozinho macio pro café da manhã faz toda diferença, né?
Dessa vez queria algo com sabor mais delicado, que funcionasse bem com qualquer recheio ou cobertura. Que ficasse macio, que fosse fácil de fazer. Resolvi, então, mexer mais ainda na receita do Pão de Milho, que conheci através das amigas Luciana Zimmermann e Karen Castro, no site “NacoZinha Brasil“, que por sua vez se inspirou no site “Cozinhando com Josy“.
A partir daí nasceu o “Pão de Três Leites”. Três leites? Sim, leite condensado, leite integral líquido e leite integral em pó. Toda essa combinação de leites garante um pão absolutamente macio, de textura impecável, com aquele miolo que desfia e deixa qualquer hora do dia mais feliz.
Você pode rechear esse pão como gostar mais. Acho que goiabada é sempre uma ótima pedida. O recheio eu coloco na hora que estou fazendo as bolinhas, antes de colocar na forma para a segunda fermentação. Vale recheio doce ou salgado. Vale tudo!
Receita do Pão de Três Leites
INGREDIENTES
500g de farinha de trigo
200g de leite condensado
2 ovos
60g de manteiga (ponto pomada)
20g de leite em pó integral
100g de leite integral (líquido!)
100g de levain
4g de fermento biológico seco (para deixar o pão ainda mais macio)
1 pitada generosa de sal
⚠️ Se não for usar o levain, use no total 10g de fermento biológico seco.
PREPARO DA MASSA
Bata no liquidificador o leite condensado, leite e ovos. Coloque a mistura na batedeira e adicione a farinha de trigo, o fermento biológico seco, o leite em pó e o sal.
Comece a bater com o gancho. Adicione o levain e sove até obter uma massa lisa e homogênea.
Adicione a manteiga em ponto de pomada aos poucos, para a massa incorporá-la sem perder a estrutura. Bata a massa até começar a desgrudar da lateral da vasilha da batedeira. A massa é uma delícia de trabalhar, mas gruda mesmo. Se você preferir pode sovar na mão.
Transfira a massa para uma vasilha (ou use a própria vasilha da planetária), cubra com pano e deixe descansar a primeira fermentação por pelo menos 1 hora, em lugar quentinho. Isso ajudar a massa a se desenvolver e começar a crescer. As vezes eu deixo 2h para garantir que a massa vai dobrar de tamanho.
Depois desse período de descanso, divida a massa de acordo com a forma que irá usar. Minha sugestão é pesar o total da massa e calcular o peso de cada bolinha para preencher a forma que você escolheu. Nesse exemplo eu dividi a massa em 12 pedaços iguais. Boleie (ou enrole) cada bolinha. É nesse momento que você coloca o recheio, se desejar.
Coloque numa forma bem untada com manteiga com distância de pelo menos 1 dedo entre as bolinhas. É preciso espaço pra massa crescer na segunda fermentação. Se sua forma for antiaderente não precisa untar. Bem mais prático!
Deixe descansar por umas 5 horas até triplicar de tamanho e chegar no ponto que você deseja. Esse tempo pode variar de acordo com a temperatura. Se você fizer apenas com Fermento Biológico esse tempo será bem menor. Acompanhe de perto.
Quando estive pronto, pré-aqueça o forno a 180 graus por meia hora. Passe ovo batido com um pouco de água sobre a massa (eu costumo passar duas vezes. Passo um pouco, espero absorver, passo outra camada).
Leve para assar por uns 25 minutos, até dourar no ponto que você gosta.
Atenção! O tempo pode variar (e muito) de acordo com seu forno. Depois de uns 20 minutos, fique de olho.
Depois de assado, desenforme assim que possível e deixe esfriar sobre uma grelha.
Depois é provar essa delícia e vir aqui contar o que achou, combinado?
O Pão Adocicado de Milho é um sucesso. Macio, saboroso, fácil de fazer. Resolvi testar uma nova versão: no lugar do milho, um pouco de coco rolado. No lugar do leite, leite de coco… O resultado foi maravilhoso e sugiro que você experimente, se ainda não provou. Ficou levemente doce, nada enjoativo, bom pra comer sozinho, com geleia docinha ou algo salgado. Com requeijão e manteiga é sucesso.
A nova receita foi baseada na receita do pão de milho, do site “Cozinhando com Josy“, a quem tanto agradeço.
Receita do Pão de Coco
INGREDIENTES
500g de farinha de trigo
200g de leite condensado
50g de coco ralado (usei desidratado)
2 ovos
40g de manteiga
10g de leite em pó
100g de leite de coco
100g de levain
3g de fermento biológico seco (para deixar o pão ainda mais macio)
1 pitada de sal
⚠️Se não for usar o levain, use no total 10g de fermento biológico seco.
PREPARO DA MASSA
Bata no liquidificador o coco ralado com o leite condensado, leite de coco e ovos.
Coloque a mistura na batedeira e adicione a farinha de trigo, o levain, o fermento biológico seco, o leite em pó e o sal.
Comece a bater com o gancho. Sove em velocidade baixa até obter uma massa lisa e homogênea. Se você preferir, pode sovar na mão. Vai do gosto do freguês, ou melhor, do padeiro. Acrescente a manteiga em ponto de pomada aos poucos, para que a massa vá incorporando sem perder a estrutura. Continue sovando até a massa começar a desgrudar das laterais da vasilha de sua batedeira. Costumo deixar algo em torno de 10 minutos, mas cuidado para a massa não esquentar demais na sua planetária.
Se sua massa estiver muito seca, firme demais durante a sova (por conta do leite de coco e do coco ralado), acrescente um pouco de leite de vaca ou água. Bem pouco, 5 a 10g, para amaciar a massa.
Com a massa pronta e bem sovada, transfira a massa para uma vasilha (ou use a mesma da batedeira se estiver sovando nela), cubra com pano e deixe descansar a primeira fermentação por pelo menos 1 hora, em lugar quentinho. Isso ajudar a massa a se desenvolver e começar a crescer. Quando tiver dobrado de tamanho, divida a massa em partes iguais, em quantidade de acordo com a forma onde irá assar e faça as bolinhas.
Coloque as bolinhas numa forma antiaderente (se não tiver, unte sua forma com manteiga) com distância de pelo menos 1 dedo entre elas, para que haja espaço para crescerem.
Espere a massa triplicar de tamanho. Pode levar umas 4 a 5 horas se usar o levain. Se usar apenas fermento biológico, o tempo será menor.
Pincele ovo batido e salpique açúcar cristal e coco ralado sobre a massa.
Leve para assar em forno forno pré-aquecido a 180 graus por uns 25 minutos, até dourar no ponto que você gosta. O tempo pode variar de forno para forno. Cuidado para não queimar! Depois de 20 minutos dentro do forno, acompanhe seu pão de perto.
Depois de assado, desenforme assim que possível e deixe esfriar sobre uma grelha. Aproveite essa delícia!
Desde que comecei a fazer pães, principalmente os de fermentação natural, sempre tive vontade de experimentar novas receitas e diferentes sabores. Dessa vez, depois de passar um mês inteiro dedicado aos panetones e chocotones, tive vontade de fazer um Pão Sourdough de Cacau. Sempre tive curiosidade de saber como seria o sabor final do azedinho do pão com o meio amargo do chocolate. Teste feito, posso garantir: o resultado é surpreendente.
Pesquisei diversas receitas na internet, muitas delas bem parecidas, mas como sou abusado, resolvi fazer uma livre adaptação das receitas da Aline Galle, que ela generosamente compartilha com os participantes do grupo Levain, no Facebook, e da receita do Amo Pão Caseiro, curso de panificação online.
280g de água gelada (acrescente a águia aos poucos, começando com 250g e vá acrescentando o restante durante a sova, se sua farinha aguentar essa porcentagem de hidratação).
30g de cacau em pó 100% (eu usei 50%, opção que eu tinha em casa)
120g de levain (já refrescado e forte!)
8g de sal
20g de açúcar mascavo
1 colher (de sopa) de mel
150g de gotas de chocolate meio-amargo
PREPARO DA MASSA
Passo 1 – Autólise Autólise é o método desenvolvido por Raymond Calvel, em 1974, em que água e farinha são misturadas e colocadas para repousar, iniciando o desenvolvimento da rede de glúten. Numa tigela, misture bem a farinha de trigo branca (de preferência uma farinha forte), o cacau em pó, o acúcar mascavo (diluído) e parte da água gelada (use 250g e reserve 30g de água para a segunda hidratação da massa, durante a sova. Use esse restinho de água apenas se perceber que sua farinha aguentará absorver mais água). Deixe a massa descansar por 1h30 na geladeira, na tigela coberta com filme plástico. Se preferir, coloque a massa dentro de um saquinho plástico descartável. A massa deve estar fria para evitar que esquente demais durante a sova na batedeira.
Passo 2 – Sovar
Depois do descanso, você perceberá que a massa está mais elástica, graças à ação do glúten que começou a se desenvolver. Chegou a hora de colocar a mão na massa. Essa etapa pode ser feita de duas formas: à mão ou com a santa ajuda de uma batedeira planetária com gancho. Dos dois jeitos dará certo, variando apenas o tempo.
Se escolher sovar à mão, não se preocupe em usar muita força. Existem algumas técnicas, como a “slap and fold”, que não exigem tanto músculo, apenas jeito e prática. Seus braços vão agradecer.
Acrescente o levain à massa, misture bem com as mãos e comece a bater a massa sobre a superfície em que está trabalhando e a dobrá-la sobre ela mesma, repetidas vezes, por 5 minutos. Comece a sentir sua massa, se está muito mole, talvez não precise acrescentar os restante da água gelada que você deixou reservada. Use apenas se sua farinha for forte ou se sua massa ainda estiver muito grudenta. Acrescente o mel. Sove por mais 5 minutos e então acrescente o sal. Misture bem a massa e sove até completar 15 minutos. A massa ficará mais lisa e acetinada à medida que for se aproximando do “ponto de véu”.
Se escolheu sovar com a ajuda da batedeira planetária, acrescente o levain e comece a incorporá-lo à massa na velocidade 2 (ou se sua batedeira aguentar o tranco, na velocidade 1) por 3 minutos. Acrescente a água, sove por mais 3 minutos na velocidade 2, tomando cuidado para não espirrar toda água pra fora da tigela. Acrescente o mel, bata um pouco mais para incorporá-lo à massa e, então, acrescente o sal, batendo por mais alguns minutos, começando pela velocidade 3 até finalizar com a velocidade 4. Você deve começar a ouvir um barulho de “pneu furado” nos minutos finais, enquanto a massa bate nas laterais da tigela. Isso é um ótimo sinal! A massa começa a “encordar” no gancho e a desgrudar-se totalmente das laterais da tigela da sua planetária.
O tempo total de sova pode variar de 10 a 15 minutos. Esse tempo muda de acordo com a temperatura do ambiente, quantidade de água e qualidade da farinha. Você deve perceber que a massa atingiu um “ponto de véu” (quando você começa a esticar a massa com as mãos, ela não se rasga).
Depois de sovar, deixe a massa descansar na tigela, coberta por um pano úmido ou filme plástico para não ressecar, por 2 horas. Sim, esse tempo é importante para primeira fermentação em temperatura ambiente. É dentro dessas 2 horas que faremos as dobras na massa.
Ah, se você já experimentou os pães sem sova e gostou do resultado, pode experimentar nessa versão com chocolate. Misture todos os ingredientes da receita na autólise e, ao invés de sovar, passe para as dobras.
Passo 3 – Dobras e primeira fermentação Após os primeiros 30 minutos de descanso começaremos a fazer dobras na massa, de meia e meia hora, por 2 horas (total de 4 dobras). Essa etapa é importante no processo de fermentação pois, quando esticamos e dobramos a massa, estamos trabalhando e fortalecendo o glúten.
Na tigela (você também pode usar uma caixa de plástico), pegue um lado da massa, estique e dobre sobre ela mesma, até alcançar o outro lado. Repita isso nos 3 outros lados. Deixe descansar por 30 minutos e volte a repetir o mesmo movimento, mais 3 vezes, com intervalos de 30 minutos. Depois da última dobra, deixe descansar por mais 30 minutos.
Acrescente as gotas de chocolate meio amargo durante as dobras, para distribuir melhor o ingrediente pela massa.
Se o dia estiver quente, costumo fazer a descanso entre as dobras na geladeira. A melhor temperatura para a massa é entre 25 e 28 graus. Mas você só conseguirá medir isso com um termômetro de cozinha. Faça testes para ver qual resultado é o melhor pra você.
Passo 4 – Pre-shape ou pré-moldagem
Meia hora depois da última dobra, nessa etapa sua massa começa a se preparar para o formato final em que fará a segunda fermentação, antes de ir pra panela. Abra a massa delicadamente com as mãos e puxe as laterais para o centro, unindo e apertando as pontas. Vire o lado da “costura” para baixo, boleie a massa para deixá-la mais redonda e deixe descansar por mais 30 minutos, coberta pelo bowl.
Passo 5 – Shape ou moldagem final
Já decidiu qual formato quer fazer nesse pão? Redondo, retangular… são muitas as opções e jeitos de fazer. Abra a massa delicadamente sobre a bancada de trabalho e comece a puxar as laterais da massa e dobrar sobre ela mesma. Comece pela parte de baixo, puxando e esticando até o centro. Depois, puxe um pouco da massa nas laterais esquerda e direita e cruze a massa até alcançar o outro ponto. Pegue a parte de cima, puxe e estique até alcançar a ponta de baixo. Depois, comece a puxar um pouco da massa de cada lado, cruzando e “colando” com a ponta do do outro lado, como se estivesse costurando. Vá enrolando a massa sobre ela mesma, deixando a parte da costura para baixo, em contato com a bancada, para selar. Ao finalizar a moldagem, coloque a massa com a costura para cima num banetton ou qualquer cesto forrado com guardanapo e polvilhado com farinha de arroz. Você pode usar um escorredor de macarrão, bowl de vidro ou alumínio, cesto de vime… vale tudo!).
Passo 6 – Segunda fermentação
Deixe a massa descansar para segunda fermentação. Em temperatura ambiente, deixe descansar de 3 a 4 horas, até crescer. Na geladeira, para fermentação mais lenta, guarde o cesto dentro de um saco plástico fechado (para não ressecar) e deixe a massa na parte menos fria da geladeira de 12 a 24 horas.
Passo 7 – Assar O pão deve crescer um pouco durante a segunda fermentação, mas ainda deverá ter fôlego para crescer no forno, o que chamamos de “salto de forno”. Se achar que depois das 12 ou 24hs na geladeira sua massa não cresceu nada, deixe um tempo em temperatura ambiente para que a massa se desenvolva um pouco antes de ir pro forno.
Pré-aqueça o forno em 250 graus por 30 minutos e coloque a panela com tampa para esquentar. Use um timer (tem no seu celular!) para não perder a hora.
Enquanto a panela aquece, tire a massa da geladeira, passe um pouco de farinha de trigo sobre ela e faça o corte e a decoração que desejar. Essa é uma das partes mais divertidas do processo. Se achar que sua massa está muito molenga, deixe um tempo no freezer para firmar-se mais enquanto o forno pré-aquece.
Passado os 30 minutos, tire a panela do forno, polvilhe farinha de arroz ou use papel Dover para o pão não grudar (é muito melhor que papel manteiga!).
Coloque o pão na panela, tampe, mas cuidado para não se queimar. Lembre-se, está MUITO quente. Você pode borrifar água na tampa quente, logo antes de fechar a panela, para formar o vapor que ajudará a manter a casca úmida enquanto o pão assa bem, de dentro pra fora.
Coloque a panela tampada no forno e deixe assar por 30 minutos a 250 graus. Lembre-se de usar o timer, uma santa ajuda. Depois, tire a tampa e veja como ficou seu pão.
Reduza a 220 graus e deixe assar por mais 20 minutos, sem a tampa. Reduza a 180 e deixe assar por mais 10 minutos, para deixar o miolo mais seco, reduzindo o excesso de umidade da massa. Nos minutos finais, acenda o queimador superior (se seu forno tiver) para ajudar a deixá-lo mais corado sem queimar a parte de baixo.
O tempo de cocção do pão pode variar de forno para forno. Fique de olho, sempre!
Passo 8 – Esperar
Depois de assado, tire o pão da panela e deixe esfriar totalmente sobre uma grelha (pode ser na grelha do fogão), deixando o ar passar por cima e por baixo do pão, para que a casca de baixo não fique úmida demais por conta do calor. Esse tempo é importante para que o pão termine a cocção, mesmo fora do forno, liberando gazes e consolidando textura, aroma e sabor.
Quando o pão esiver frio, abra e descubra a maravilha que fica essa combinação de sabores.