Agora que você já aprendeu a fazer o fermento de litro, é hora de fazer o Pão de Cristo. Uma receita tão antiga quanto o próprio fermento. Simples, saboroso e macio, o pão perfeito para provar com manteiga, requeijão, geleia, nutella e… o que mais sua imaginação permitir.
A receita é bem simples e também aprendi com a Paula Basso Souza, com quem troco muitas figurinhas e dicas no Instagram. Só tenho a agradecer!
A receita abaixo é feita com apenas 500ml do fermento de litro. Para nós aqui de casa é mais que suficiente. Rende 3 pães grandes. Se quiser fazer com 1 litro de fermento, basta dobrar as medidas dos ingredientes (exceto o sal).
Pão de Cristo em tamanho menor <3
Receita do Pão de Cristo com fermento de litro
INGREDIENTES
500ml de fermento refrescado
1 ovo
1/2 xícara de açúcar
1/2 xícara de banha derretida ou óleo
2 colheres de sopa de leite em pó (opcional)
1 colher de chá de sal
Aproximadamente 1kg de farinha de trigo branca (você poderá precisar de um pouco mais de farinha até o ponto da massa desgrudar das mãos)
PREPARO DA MASSA
Misture bem os 5 primeiros ingredientes e vá acrescentando a farinha aos poucos, incorporando à massa. Você poderá sovar à mão ou numa batedeira com batedor em forma de gancho, para massas pesadas, por até 20 minutos.
Coloque a massa em uma bacia, cubra com uma toalha e deixe descansar de 8 a 12 horas. Lembre-se que pães de fermentação natural levam mais tempo para serem feitos e é desse tempo que tiramos todos os seus sabores, texturas e benefícios.
A massa do pão, antes e depois do descanso
Após o descanso a massa deverá ter duplicado, quem sabe até triplicado de tamanho. Coisa mais linda! Leve à bancada e divida em quantas partes desejar. Costumo fazer 3 pães grandes, sempre pesando para que tenham medidas iguais. Hoje fiz tamanhos e variados, só pra testar formatos diferentes.
Passe por um cilindro (ou, se não tiver, pode ser aberto com rolo de massa ou, até mesmo, uma garrafa de vidro). Abra bem a massa e enrole ou molde os pães no formato que desejar. Variar e testar novos formatos é sempre um exercício de criatividade. Pra que ser igual sempre, né?
Pão de Cristo trançado e assado em forma de bolo inglês
Depois de montar sua mais nova obra de arte (hihihi), coloque os pães sobre uma assadeira untada com margarina e trigo. Eu prefiro usar o Papel Dover, que tem uma película encerada e não deixa o pão grudar. Cubra com uma toalha e deixe descansar de 3 a 6 horas, a depender do clima, até que dobre de tamanho e você sinta que a assadeira está mais leve (graças à ação dos gases do fermento de litro). Se gostar, você pode pincelar um pouco de ovo batido com água gelada, para deixar a casca mais brilhante e morena.
Asse em forno pré-aquecido a 180º até dourar. No meu forno elétrico costumo deixar 35 minutos. O tempo pode variar em cada forno. Fique sempre de olho. Você logo começará a sentir aquele cheirinho delicioso do pão sendo assado.
Deixe o pão esfriar e prepare a manteiga, o requeijão, a geleia, o café coado na hora e experimente essa maravilha. Depois de provar, deixe seu comentário e me conte como foi fazer o pão. Se tiver dicas de receitas com o fermento de litro, compartilhe. Quero experimentar pães diferentes com esse fermento tão especial.
Quando comecei a pesquisar mais sobre pães de fermentação natural, além do levain, descobri o “fermento de litro” ou “fermento de Cristo”. Não tinha ideia do que era, como era feito, mas não resisti quando vi a Paula Basso Souza, no Instagram, publicar tantas receitas feitas com esse fermento. Pães doces e salgados de encher os olhos e dar água na boca. Não tive dúvidas: precisava experimentar!
Esse fermento, também chamado de fermento líquido ou fermento de garrafa, é feito a partir da mistura de água, farinha, açúcar e sal e tem longa tradição. Antigamente, quando era feito, costumava-se dividi-lo em três partes: a primeira parte era usada para fazer o pão, a segunda parte era guardada como “muda” para ser reformada na próxima vez que o fermento fosse usado e a terceira parte era dada de presente a um amigo, renovando o ciclo de prosperidade, compartilhando e multiplicando pães pela vizinhança.
A Paula generosamente compartilhou sua receita comigo. A receita é simples, mas deve ser seguida à risca para não ter erro. Vamos a ela:
Receita do Fermento de Litro
Ingredientes
1 litro de água filtrada
5 colheres de sopa de farinha de trigo branca
5 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
Modo de preparo
Misture bem todos os ingredientes com um fuê, até obter um líquido homogêneo.
Coloque o líquido dentro de uma garrafa pet bem fechada (eu usei uma garrafa pet de 1,5 litro) e guarde num canto do armário, para descansar de 7 a 10 dias. Escolha um lugar onde não precise mexer a garrafa.
Ao longo dos dias, os ingredientes começam a se depositar no fundo da garrafa. Resista à tentação de mexer e chacoalhar o líquido. Deixe o fermento quieto no canto dele. Assim que toda a mistura de ingrediente depositada no fundo da garrafa começar a subir é hora de fazer a reforma.
Próximo do 10º dia, tente apertar um pouco com as mãos a garrafa pet. Você perceberá que ela está completamente dura, rígida como vidro. São os gases produzidos pela fermentação natural que ocuparam o espaço dentro da garrafa. Como um refrigerante cheio de gás! E por estar tão cheio de gás, não deixe de reformar o fermento até o décimo dia. Senão, corre o risco da garrafa não resistir à pressão e explodir fermento pra tudo quanto é lado. Já pensou!? :-O
Como reformar o Fermento de Litro
Hora de reformar o seu fermento de litro. Cuidado ao abrir a garrafa. Ela está cheia de gás e pressão. Assim como um refrigente, o líquido começara a espumar e tentar escapar da garrafa. Vá abrindo aos poucos, bem devagar, para permitir que o gás saia, sem desperdiçar seu fermento.
Coloque todo o líquido do fermento em uma vasilha grande, de preferência uma vasilha de vidro transparente e incolor. Acrescente as mesmas medidas iniciais de farinha de trigo, açúcar e sal e misture bem. Adicione 1 litro de água morna e mexa bastante, até que o líquido fique bem homogêneo. Tampe a vasilha com filme-plástico e deixe descansar de 4 a 6 horas.
Depois do descanso, quando se forma uma camada espumosa e espessa sobre o fermento, e a parte de baixo estiver cheia de bolhas, seu fermento está pronto para ser usado e fazer seu primeiro “Pão de Cristo” ou “Pão de fermento de litro”.
O cheiro do fermento de litro me fez lembrar o fermento biológico fresco. Aquele cheirinho tão característico que muita gente torce o nariz, mas eu sinceramente adoro.
Mas antes de botar a mão na massa, é hora de dividir o fermento, como manda a tradição: reserve 500ml do fermento líquido para usar na receita de pão e guarde na mesma garrafa pet 1 litro do fermento reformado como muda para a próxma vez. O restante você pode doar para alguém. Se não tiver para quem dar, nem quiser fazer mais pão com essa sobra de fermento, a alternativa é descartar. Acredite: 500ml de fermento é o suficiente para fazer 3 pães grandes, com 1kg de farinha de trigo. É pão pra semana toda!
O litro de fermento que você reservou deve ser guardado na geladeira por até 7 dias. Depois disso, precisa ser reformado/refrescado novamente, mesmo que você não faça o pão. Só assim você manterá eu fermento forte e cheio de gás para dar belas fornadas de pães saborosos e macios. Se não for fazer pão, reforme e descarte a parte que usaria para a receita.
A busca pela focaccia perfeita não é tarefa fácil. Existem muitas versões dessa maravilha de pão, diferentes combinações de ingredientes, coberturas, mas uma coisa é certa: o sabor dessa receita italiana, tão antiga e tradicional, é sempre surpreendente.
Já fiz muitas vezes uma versão com fermento biológico seco do site Panelaterapia, mas queria ir além. O desafio era fazer uma versão com fermentação longa e natural. Enfim, queria colocar meu levain, Juma Marruá, em ação. E foi através das dicas do Alex, da @padocadoalex, que consegui. Já vinha namorando os vídeos que ele publica em seu perfil no Instagram. Foi lá que encontrei a receita e, mexendo um pouco aqui e ali, consegui fazer a bendita focaccia.
A receita segue os mesmos passos do pão sourdough, desde a autólise, passando pela sova, até as dobras. A grande diferença, para mim, está na hidratação da massa. A massa, depois de uma longa fermentação na própria assadeira, não precisa ser modelada. Um pouco de pressão com os dedos sobre a massa fará as bolhas de ar se formarem, abrindo espaço para os ingredientes que vão ser colocados como cobertura.
Então, mãos à massa!
Receita de Focaccia com Alecrim e Sal grosso de fermentação natural
INGREDIENTES
500g de farinha de trigo (usei 400g de Caputo Cuoco e 100g de Caputo Manitoba)
400g de água gelada (80%)
150g de fermento natural (30%)
25g de azeite
12g de sal (2,4%)
MODO DE PREPARO
Antes de preparar a receita, não se esqueça de alimentar seu fermento natural por pelo menos duas vezes. Precisamos do levain bem forte para fazer a mágica acontecer.
Passo 1: misture a(s) farinha(s) com a água gelada para fazer a autólise por pelo menos 1 hora na geladeira. Misture a água aos poucos para ver o quanto sua farinha aguenta de hidratação. Deixe 25g da água reservada para hidratar um pouco mais a massa durante a sova.
Passo 2: coloque a massa gelada na vasilha da batedeira, acrescente o Levain e bata a massa com batedor em forma de gancho por 4 minutos. Acrescente o sal e continue batendo por mais 3 minutos. A massa começará a ganhar mais força a medida que as cadeias de glúten vão se desenvolvendo. Acrescente aos poucos a água gelada reservada. Atenção para ver se sua massa aguenta. Ao colocar a água a massa costuma ficar mais mole, mas à medida que você sova, ela vai se reestruturando novamente. Acrescente o azeite. Sove por mais alguns minutos até completar pelo menos 12 minutos. Veja se sua massa está bem elástica, se o glúten está bem desenvolvido e em ponto de véu.
Passo 3: deixe a massa descansar por 30 minutos numa forma de vidro ou alguma vasilha plástica. Faça dobras na massa a cada 30 minutos, por 2 horas, totalizando 4 dobras. Isso ajudará a fortalecer ainda mais sua massa e o glúten. É dessa força que precisamos.
Passo 4: após as dobras, transfira a massa para uma assadeira, cubra com plástico-filme e leve para fermentação na geladeira. Deixei entre 12 e 24 horas. Deixe o tempo suficiente para sua massa crescer até a borda. Se depois de longo período na geladeira sua massa não crescer nada, deixe fermentar um pouco mais em temperatura ambiente. Comigo funcionou bem assim.
Passo 5: massa fermentada e crescida, é hora de mergulhar os dedos, pressionando a focaccia para liberar um pouco do ar. As bolhas começam a se formar nesse momento, coisa mais linda! Para os dedos não grudarem na massa, molhe os dedos em água fria antes de pressionar. Coloque alecrim nos buraquinhos, entre as bolhas, um pouco de sal grosso (cuidado para não exagerar) e, claro, mais azeite. Se quiser pode incluir outros ingredientes: queijo, rodelas de cebola, tomate-cereja…
Passo 6: leve a focaccia para assar em forno pré-aquecido por 20 minutos, a 200 graus. No meu forno elétrico levou 35 minutos. Fique atento para não deixar queimar. Quando a massa estiver bem corada, hora de tirar.
Pronto! Depois desses passos você terá uma focaccia bem saborosa, de miolo macio e sabor inconfundível de sourdough.
Se tiver alguma dúvida, deixe seu comentário. Fiz essa focaccia inspirada na receita do Alex e também seguindo algumas dicas que outros padeiros (por profissão ou hobby) compartilham em suas páginas e grupos. Descubra a melhor forma de fazer o seu.
Depois do pão semi-integral com nozes e mel, resolvi colocar um pouco das nozes como recheio do pão sourdough, de fermentação natural. Combinação perfeita do sabor levemente azedo do pão de fermentação natural com a crocância das nozes torradas.
Antes de começar a preparar a massa do pão, lembre-se de alimentar (ou refrescar) seu fermento natural. Costumo alimentá-lo duas vezes quando está com pouca atividade, usando a proporção 1-2-3 (que aprendi com os vídeos do Luiz América Camargo, autor do livro “Pão Nosso”). Para primeira alimentação, uso 25g de fermento, com 50g de água e 75g de farinha de trigo branca. Depois que duplicar de tamanho, alimento pela segunda vez, sem descartar o fermento, apenas adicionando mais 50g de água e 75g de farinha. Ele estará pronto para usar quando tiver duplicado de tamanho. Lembre-se sempre de deixar pelo menos 25g do levain para a próxima fornada.
INGREDIENTES
Farinha de trigo branca: 400g
Água gelada: 280g (70% de hidratação)
Gérmen de trigo: 10g (opcional)
Levain: 140g (35%)
Sal: 10g
Nozes: 1 xícara de nozes picadas grosseiramente ou inteiras, se preferir
PREPARO DA MASSA
Passo 1 – Autólise Autólise é o método desenvolvido por Raymond Calvel, em 1974, em que água e farinha são misturadas e colocadas para repousar, iniciando o desenvolvimento da rede de glúten.
Misture bem a farinha e parte da água gelada (use 255g e reserve 25g de água para a segunda hidratação da massa, durante a sova. Use esse restinho de água apenas se perceber que sua farinha aguentará absorver mais água). Deixe a massa descansar por pelo menos 1 hora na geladeira, num bowl coberto por filme plástico. A massa deve estar fria para evitar que esquente demais durante a sova na batedeira.
Passo 2 – Sovar
Depois do descanso, você perceberá que a massa está mais elástica, graças à ação do glúten. Chegou a hora de colocar a mão na massa. Essa etapa pode ser feita de duas formas: à mão ou com a santa ajuda de uma batedeira planetária com gancho. Dos dois jeitos dará certo.
Se escolher sovar à mão, não se preocupe em usar muita força. Existem algumas técnicas, como a “slap and fold”, que não exigem tanto músculo, apenas jeito e prática. Seus braços vão agradecer.
Acrescente o levain à massa, misture bem com as mãos e comece a bater a massa sobre a superfície em que está trabalhando e a dobrá-la sobre ela mesma, repetidas vezes, por 4 minutos. Comece a sentir sua massa, se está muito mole, talvez não precise acrescentar os restante da água gelada que você deixou reservada. Use apenas se sua farinha for forte ou se sua massa ainda estiver muito grudenta. Sove por mais 4 minutos e acrescente o sal. Misture bem a massa e sove até completar 15 minutos.
Se escolheu sovar com a ajuda da batedeira planetária, acrescente o levain e comece a incorporá-lo à massa na velocidade 2 (ou se sua batedeira aguentar o tranco, na velocidade 1) por 3 minutos. Acrescente a água, sove por mais 3 minutos na velocidade 2, tomando cuidado para não espirrar toda água pra fora do bowl. Acrescente o sal e bata a massa por mais 4 minutos, começando pela velocidade 3 até finalizar com a velocidade 4. Você deve começar a ouvir um barulho de “pneu furado” nos minutos finais, enquanto a massa bate nas laterais do bowl. Isso é um ótimo sinal!
O tempo total de sova pode variar de 10 a 15 minutos. Esse tempo deve variar de acordo com a temperatura do ambiente, quantidade de água e qualidade da farinha. Você deve perceber que a massa atingiu um “ponto de véu” (quando você começa a esticar a massa com as mãos, ela não se rasga).
Depois de sovar, deixe a massa descansar num bowl, coberto pelo pano úmido ou filme plástico para não ressecar, por 2 horas. Sim, esse tempo é importante para primeira fermentação em temperatura ambiente. É dentro dessas 2 horas que faremos as dobras da massa.
Passo 3 – Dobras e primeira fermentação Após os primeiros 30 minutos de descanso começaremos a fazer dobras na massa, de meia e meia hora, por 2 horas (total de 4 dobras). Essa etapa é importante no processo de fermentação pois, quando esticamos e dobramos a massa, estamos trabalhando e fortalecendo o glúten.
No bowl (você também pode usar uma caixa de plástico), pegue um lado da massa, estique e dobre sobre ela mesma, até alcançar o outro lado. Repita isso nos 3 outros lados. Deixe descansar por 30 minutos e volte a repetir o mesmo movimento, mais 3 vezes, com intervalos de 30 minutos. Depois da última dobra, deixe descansar por mais 30 minutos.
Se o dia estiver quente, costumo fazer a descanso entre as dobras na geladeira. A melhor temperatura para a massa é entre 25 e 27 graus. Mas você só conseguirá medir isso com um termômetro de cozinha. Faça testes para ver qual resultado é o melhor pra você.
Passo 4 – Pre-shape ou pré-moldagem
Nessa etapa sua massa começa a se preparar para o formato final em que fará a segunda fermentação, antes de ir pra panela. Abra a massa delicadamente com as mãos e puxe as laterais para o centro, unindo e apertando as pontas. Vire o lado da “costura” para baixo, boleie a massa para deixá-la mais redonda e deixe descansar por mais 30 minutos, coberta pelo bowl.
Passo 5 – Enriquecer a massa Na bancada, abra a massa com as mãos e espalhe as nozes, pressionando para que os pedaços fiquem bem presos à massa. Você pode acrescentar o tanto de nozes que desejar (a medida da xícara é apenas uma referência).
Passo 6 – Shape ou moldagem final
Já decidiu qual formato quer fazer nesse pão? Redondo, retangular… são muitas as opções e jeitos de fazer. Abra a massa delicadamente sobre a bancada de trabalho e comece a puxar as laterais da massa e dobrar sobre ela mesma. Comece pela parte de baixo, puxando e esticando até o centro. Depois, puxe um pouco da massa nas laterais esquerda e direita e cruze a massa até alcançar o outro ponto. Pegue a parte de cima, puxe e estique até alcançar a ponta de baixo. Depois, comece a puxar um pouco da massa de cada lado, cruzando e “colando” com a ponta do do outro lado, como se estivesse costurando. Vá enrolando a massa sobre ela mesma, deixando a parte da costura para baixo, em contato com a bancada, para selar. Pode parecer difícil, mas o vídeo te ajudará a entender melhor como moldar o pão.Ao finalizar a moldagem, coloque a massa com a costura para cima, num banetton ou qualquer cesto forrado com guardanapo e polvilhado com farinha de arroz. Você pode usar um escorredor de macarrão, bowl de vidro ou alumínio, cesto de vime… vale tudo!).
Passo 7 – Segunda fermentação
Deixe a massa descansar para segunda fermentação. Em temperatura ambiente, deixe descansar por 3 horas. Na geladeira, para fermentação mais lenta, cubra com plástico (para não ressecar) e deixe a massa na parte menos fria da geladeira de 12 a 24 horas.
Passo 8 – Assar
O pão deve crescer um pouco durante a segunda fermentação, mas ainda deverá ter fôlego para crescer no forno, o que chamamos de “salto de forno”. Se achar que depois das 12 ou 24hs na geladeira sua massa não cresceu nada, deixe um tempo em temperatura ambiente para que a massa se desenvolva um pouco.
Pré-aqueça o forno em 250 graus por 30 minutos e coloque a panela com tampa para esquentar. Use um timer (tem no seu celular!) para não perder a hora.
Enquanto a panela aquece, tire a massa da geladeira, passe um pouco de farinha de trigo sobre ela e faça o corte e a decoração que desejar. Essa é uma das partes mais divertidas do processo.
Passado os 30 minutos, tire a panela do forno, polvilhe farinha de arroz ou use papel Dover para o pão não grudar (é melhor que papel manteiga!).
Coloque o pão na panela, tampe, mas cuidado para não se queimar. Lembre-se, está MUITO quente. Você pode borrifar água na tampa quente, logo antes de fechar a panela, para formar o vapor que ajudará a manter a casca úmida enquanto o pão assa bem, de dentro pra fora.
Coloque a panela tampada no forno e deixe assar por 30 minutos a 250 graus. Lembre-se de usar o timer, uma santa ajuda. Depois, tire a tampa e veja como ficou seu pão.
Reduza a 220 graus e deixe assar por mais 20 minutos, sem a tampa. Reduza a 180 e deixe assar por mais 10 minutos, para deixar o miolo mais seco, reduzindo o excesso de umidade da massa. Nos minutos finais, acenda a grelha superior (se seu forno tiver) para ajudar a deixá-lo mais corado sem queimar a parte de baixo.
O tempo de cocção do pão pode variar de forno para forno. Fique de olho, sempre!
Passo 9 – Esperar
Depois de assado, tire o pão da panela e deixe esfriar totalmente sobre uma grelha (pode ser na grelha do fogão), deixando o ar passar por cima e por baixo do pão, para que a casca de baixo não fique úmida demais por conta do calor. Esse tempo é importante para que o pão termine a cocção, mesmo fora do forno.
RESUMO DA ÓPERA
Autólise na geladeira por 1 hora
Sovar a massa por 10 a 15 minutos
Dobras a cada meia hora, por 2 horas
Descanso de 2 horas (primeira fermentação)
Pré-moldagem
Descanso de 30 minutos
Enriquecer a massa com pedaços de nozes
Moldagem final
Segunda fermentação em temperatura ambiente por 3 horas ou na geladeira de 12 a 24 horas
Pré-aquecer forno e panela com tampa por 30 minutos
Assar a 250 graus por 30 minutos
Tirar a tampa e continuar a assar a 220 graus por 20 minutos
Finalizar a 180 graus por 10 minutos (ligando grelha superior nos últimos minutos para dourar)
Quando penso em Croissants, penso naquela massa folhada e amanteigada, de casquinha crocante e com bastante chocolate. Apesar de não ter sido criado originalmente com recheio, para mim é a combinação perfeita. Gosto deles com geleias, queijos e presuntos dos mais variados tipos… até sem recheio. Mas o chocolate tem lugar de destaque na minha lista de preferências.
O mais francês dos pães amanteigados, na verdade, é de origem austríaca. Sua criação é atribuída aos padeiros vienenses, em 1683, durante a Batalha de Viena. Seu formato curvado e quarto crescente, segundo alguns estudiosos, estaria relacionado à bandeira do Império Otomano. Foi Maria Antonieta, rainha consorte da França, quem popularizou o croissant no país, a partir de 1770. Os franceses ainda chamam esse tipo de pão de viennoiserie.
Em busca do Croissant perfeito, com casca crocante e dourada, formato inconfundível, mil camadas, miolo macio, aerado e cheio de alvéolos, comecei a pesquisar e testar algumas receitas. Fazer um verdadeiro croissant não é das tarefas mais fáceis, a menos que você se contente com essas massas pesadas e gordurosas que vendem por aí.
O verdadeiro Croissant tem um je nes sais quoi que é só dele. O esforço, afinal são 3 dias de preparo, vale a pena. Mas recomenda-se moderação em provar essas delícias, hein? Muita manteiga, muita gordura, muitas calorias.
Vamos à receita? Essa é uma variação – com algumas alterações – da receita da (mestra) Papoula Ribeiro, que a Kyoko Matsudaira compartilhou quando participou de um de seus cursos, no evento “Chef pela Cura: Pão com Pão”, da Tucca. Aliás, estou esperando abrir novos cursos para me aperfeiçoar nessa maravilha!
Outra receita de Croissant que gosto de fazer é da Raíza Costa, do canal “Dulce Delight”. Ela também apresenta o programa “Rainha da Cocada”, no GNT. Assista ao vídeo da receita no Youtube.
Em breve quero testar novas receitas de Croissant com fermento natural. Por enquanto, vamos de fermento biológico seco mesmo…
Receita do tradicional Croissant au Beurre
INGREDIENTES
500g de farinha de trigo
140g de água gelada
140g de leite gelado
5g de fermento biológico seco (meio pacotinho)
60g de açúcar
10g de sal
30g de manteiga em ponto de pomada (mais firme e fria de preferência)
240g de manteiga para folhear
Ovos para pincelar
Barra de chocolate para rechear, se desejar
MODO DE PREPARO
Primeira etapa (dia 1)
Aqui começa a aventura! Separe e pese todos os ingredientes que você usará nessa receita de Croissant. Num recipiente, misture bem a farinha, água, leite, sal e fermento biológico, até obter uma massa homogênea e bem hidratada. Acrescente o açúcar, misturando até que fique bem incorporado à massa. Junte os 30g de manteiga e sove por até 15 minutos. Essa massa é uma delícia de trabalhar. Então, aproveite para usar as mãos! Se preferir, porém, use a batedeira.
Cubra a massa com plástico e deixe descansar por pelo menos 1 hora. Em seguida, vá apertando as laterais da massa, já dentro do plástico, para que ela fique num formato mais quadrado. Isso facilitará o trabalho no segundo dia. Deixe a massa descansar na geladeira por pelo menos 12 horas.
Nesse primeiro dia vamos também preparar os 240g de manteiga para ficar no formato quadrado, que será usado para folhear a massa do croissant. Corte a manteiga em pedaços e arrume sobre filme-plástico ou papel-manteiga. Cubra a manteiga e, com ajuda de um rolo de massa, vá apertando (se estiver muito firme pode bater sem dó!) até conseguir um quadrado de 30 x 30cm, mais fino. Leve a manteiga também para a geladeira, junto com a massa.
Segunda etapa (dia 2)
Depois do merecido descanso, é hora de preparar a massa para a folhagem.
Polvilhe a mesa ou bancada com um pouco de farinha. Tire a massa do plástico e, com uma faca, faça uma cruz sobre ela. Vire a massa para que fique como um losango (passo 1 na foto acima) em relação a você e abra cada um dos 4 lados (passo 2). Abra o suficiente para colocar a manteiga no centro (passo 3) e cobri-la com as laterais da massa, como um envelope (passos 4 a 6). Ao final você terá um quadrado de massa envolvendo a manteiga.
Cubra novamente com plástico e leve para geladeira para descansar por 30 minutos.
Após descanso, coloque a massa gelada sobre a mesa ou bancada polvilhada com um pouco de farinha e comece a abrir a massa (passos 7 e 8 na foto acima), novamente, fazendo uma dobra simples, ou seja, dobrando apenas duas laterais, formando um retângulo (passos 9 e 10). A seguir, dobre as outras duas laterais, uma sobre a outra, formando um quadrado (passos 11 e 12).
Cubra novamente e leve para descansar por mais 30 minutos na geladeira. Esse descanso na geladeira é importante para a manteiga não derreter. Se o ambiente estiver muito quente e a manteiga der sinais de que vai começar a derreter, é hora de parar o processo e levar pra geladeira.
Após o descanso, repita o processo (passos 7 a 12) de abrir a massa e fazer a segunda dobra simples. Após a última dobra dobra, leve a massa para geladeira para descansar de 12 horas a 24 horas.
Terceira etapa (dia 3) Abra a massa até conseguir um retângulo de aproximadamente 0,7cm. Se preferir, você pode fazer mais uma dobra simples para chegar nesse formato. Quanto mais dobras, mais camadas amanteigadas no seu croissant.
Quando sua massa estiver na medida desejada, corte a massa em triângulos (com base de 10 cm). Faça um pequeno corte na base do triângulo, coloque o recheio, se desejar, e comece a enrolar da base para a ponta. Os croissants de chocolate também podem ser feitos em pedaços retangulares (ao invés de triângulos).
Arrume os croissants sobre a assadeira e pincele com ovo batido com um pouco de água.
Deixe o Croissant fermentar até quase dobrar de tamanho. Procure um lugar que não seja muito quente para deixar a assadeira. Assim a manteiga não começará a derreter, estragando todo seu trabalho.
Quando o Croissant crescer, pincele mais um pouco do ovo batido com um pouco de água e leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por 15 minutos e, depois, pois mais 20 minutos a 150 graus. A temperatura e o tempo podem variar de forno para forno. Fique SEMPRE de olho no seu Croissant.
Voilà! Seu Croissant está pronto, cheio de camadas amanteigadas, para você saborear.
Repetindo a receita algumas vezes você verá que, apesar de trabalhoso, não é nenhum bicho de sete cabeça. E o resultado compensa e muito!
RESUMO DA ÓPERA
Misturar os ingredientes
Sovar a massa por 10 a 15 minutos
Descanso de 1 hora em temperatura ambiente
Preparar manteiga para folhagem
Descanso de 12 horas na geladeira (massa e manteiga)
Abrir a massa e colocar a manteiga no centro
Dobrar as quatro laterais da massa como envelope sobre manteiga
Descanso de 30 minutos na geladeira
Abrir a massa e dobrar apenas duas laterais (esquerda e direita) e, em seguinda, as outras duas laterais (de cima e de baixo).
Repetir descanso de 30 minutos
Novamente, abrir a massa e dobrar apenas duas laterais (esquerda e direita) e, em seguinda, as outras duas laterais (de cima e de baixo).
Descanso de 12 a 24 horas na geladeira
Abrir a massa em formato retângulo com 0,7cm de espessura
Cortar massa em triângulos com base de 10cm
Fazer pequeno corte na base de triângulo, colocar recheio e começar a modelar
Pincelar ovo batido com água
Descanso até croissant quase dobrar de tamanho
Pincelar mais ovo batido com água
Assar por 15 minutos em forno pré-aquecido a 200 graus.
Assar por mais 20 minutos a 150 graus.
Se tiver alguma dúvida e eu puder ajudar, deixe seu comentário.
No último fim de semana resolvi fazer uma versão nova do pão integral com nozes que aprendi em um dos episódios do programa Cozinha Prática, da Rita Lobo, no GNT. Como já disse em outro post, ela foi uma das minhas grandes inspiradoras nesse universo de pães artesanais. Dessa vez, adaptei a receita de pão italiano (sourdough) com fermentação natural, substituindo um pouco de farinha branca pela integral e adicionando os demais ingredientes da receita original. O resultado foi surpreendente: um pão semi integral delicioso, levemente adocicado, com a crocância das nozes.
Antes de começar a preparar a massa do pão, lembre-se de alimentar (ou refrescar) seu fermento natural. Costumo alimentá-lo duas vezes quando está com pouca atividade, usando a proporção 1-2-3 (que aprendi com os vídeos do Luiz América Camargo, autor do livro “Pão Nosso”). Para primeira alimentação, uso 25g de fermento, com 50g de água e 75g de farinha de trigo branca. Depois que duplicar de tamanho, alimento pela segunda vez, sem descartar o fermento, apenas adicionando mais 50g de água e 75g de farinha. Ele estará pronto para usar quando tiver duplicado de tamanho. Lembre-se sempre de deixar pelo menos 25g do levain para a próxima fornada.
INGREDIENTES
Farinha de trigo branca: 350g
Farinha de trigo integral: 150g
Água gelada: 350g (70% de hidratação)
Gérmen de trigo: 10g (opcional)
Levain: 175g (35%)
Sal: 12g
Mel: 1 colher de sopa
Nozes: 1 xícara de nozes picadas grosseiramente ou inteiras, se preferir
PREPARO DA MASSA
Passo 1 – Autólise
Misture bem a farinha e parte da água gelada (reserve 25g de água para a segunda hidratação da massa, durante a sova. Use esse restinho de água apenas se perceber que sua farinha aguentará absorver mais água). Deixe a massa descansar por 1 hora na geladeira, coberta por filme plástico. A massa deve estar fria para evitar que esquente demais durante a sova.
Passo 2 – Sovar
Depois do descanso, você perceberá que a massa está mais elástica, graças à ação do glúten. Chegou a hora de colocar a mão na massa. Essa etapa pode ser feita de duas formas: à mão ou com a santa ajuda de uma batedeira planetária com gancho. Dos dois jeitos dará certo.
Se escolher sovar à mão, não se preocupe em usar muita força. Existem algumas técnicas, como a “slap and fold”, que não exigem tanto músculo, apenas jeito e prática. Seus braços vão agradecer.
Acrescente o levain à massa, misture bem com as mãos e comece a bater a massa sobre a superfície em que está trabalhando e a dobrá-la sobre ela mesma, repetidas vezes, por 3 minutos. Comece a sentir sua massa, se está muito mole, talvez não precise acrescentar os restante da água gelada que você deixou reservada. Use apenas se sua farinha for forte ou se sua massa ainda estiver muito grudenta. Sove por mais 3 minutos e acrescente o sal. Misture bem a massa e sove por mais 4 minutos. Acrescente o mel e sove até que esteja bem incorporado à massa.
Se escolheu sovar com a ajuda da batedeira planetária, acrescente o levain e comece a incorporá-lo à massa na velocidade 2 (ou se sua batedeira aguentar o tranco, na velocidade 1) por 3 minutos. Acrescente a água, sove por mais 3 minutos na velocidade 2, tomando cuidado para não espirrar toda água pra fora do bowl. Acrescente o sal e bata a massa por mais 4 minutos, começando pela velocidade 3 até finalizar com a velocidade 4. Acrescente o mel e sove até que esteja bem incorporado à massa. Você deve começar a ouvir um barulho de “pneu furado” nos minutos finais, enquanto a massa bate nas laterais do bowl. Isso é um ótimo sinal!
O tempo total de sova pode variar de 10 a 15 minutos. Esse tempo deve variar de acordo com a temperatura do ambiente, quantidade de água e qualidade da farinha. Você deve perceber que a massa atingiu um “ponto de véu” (quando você começa a esticar a massa com as mãos, ela não se rasga).
Depois de sovar, deixe a massa descansar num bowl, coberto pelo pano úmido ou filme plástico para não ressecar, por 2 horas. Sim, esse tempo é importante para fermentação. É dentro dessas 2 horas que faremos as dobras da massa.
Passo 3 – Dobras e primeira fermentação
Após os primeiros 30 minutos de descanso começaremos a fazer dobras na massa, de meia e meia hora, por 2 horas (total de 4 dobras). Essa etapa é importante no processo de fermentação pois, quando esticamos e dobramos a massa, estamos trabalhando a cadeia de glúten.
No bowl (você também pode usar uma caixa de plástico), pegue um lado da massa, estique e dobre sobre ela mesma, até alcançar o outro lado. Repita isso nos 3 outros lados. Deixe descansar por 30 minutos e volte a repetir o mesmo movimento, mais 3 vezes, com intervalos de 30 minutos. Depois da última dobra, deixe descansar por mais 30 minutos.
Se o dia estiver quente, costumo fazer a descanso entre as dobras na geladeira. A melhor temperatura para a massa é entre 25 e 27 graus. Mas você só conseguirá medir isso com um termômetro de cozinha. Faça testes para ver qual resultado é o melhor pra você.
Passo 4 – Pre-shape ou pré-moldagem
Depois das dobras e descansos, divida a massa, caso queira pães menores. Costumo separar em duas partes a massa com 700g de farinha. Os pães com 300 ou 500g de farinha não costumo dividir. Aliás, isso vai depender da panela em que você assará seu pão. Quanto maior a massa, maior precisará ser sua panela. A pré-moldagem é importante para que sua massa comece a se preparar para o formato final em que fará a segunda fermentação, antes de ir pra panela. Abra a massa delicadamente com as mãos e puxe as laterais para o centro, unindo e apertando as pontas. Vire o lado da “costura” para baixo, boleie a massa para deixá-la mais redonda e deixe descansar por mais 30 minutos.
Passo 5 – Enriquecer a massa Na bancada, abra a massa com as mãos e espalhe as nozes, pressionando para que os pedaços fiquem bem presos à massa. Você pode acrescentar o tanto de nozes que desejar (a medida da xícara é apenas uma referência).
Passo 6 – Shape ou moldagem final
Já decidiu qual formato quer fazer nesse pão? Redondo, retangular… são muitas as opções e jeitos de fazer. Abra a massa delicadamente sobre a bancada de trabalho e comece a puxar as laterais da massa e dobrar sobre ela mesma. Comece pela parte de baixo, puxando e esticando até o centro. Depois, puxe um pouco da massa nas laterais esquerda e direita e cruze a massa até alcançar o outro ponto. Pegue a parte de cima, puxe e estique até alcançar a ponta de baixo. Depois, comece a puxar um pouco da massa de cada lado, cruzando e “colando” com a ponta do do outro lado, como se estivesse costurando. Vá enrolando a massa sobre ela mesma, deixando a parte da costura para baixo, em contato com a bancada, para selar. Pode parecer difícil, mas o vídeo te ajudará a entender melhor como moldar o pão.Ao finalizar a moldagem, coloque a massa com a costura para cima, num banetton ou qualquer cesto forrado com guardanapo e polvilhado com farinha de arroz. Você pode usar um escorredor de macarrão, bowl de vidro ou alumínio, cesto de vime… vale tudo!).
Passo 7 – Segunda fermentação
Deixe a massa descansar para segunda fermentação. Em temperatura ambiente, deixe descansar por 3 horas. Na geladeira, para fermentação mais lenta, cubra com plástico (para não ressecar) e deixe a massa na parte menos fria da geladeira de 12 a 24 horas.
Passo 8 – Assar
O pão deve crescer um pouco durante a segunda fermentação, mas não deixe dobrar de tamanho. O pão deve ter fôlego para crescer no forno, o que chamamos de “salto de forno”. Se achar que depois das 12 ou 24hs na geladeira sua massa não cresceu nada, deixe um tempo em temperatura ambiente para que a massa se desenvolva um pouco.
Pré-aqueça o forno em 250 graus por 30 minutos e coloque a panela com tampa para esquentar. Use um timer (tem no seu celular!) para não perder a hora.
Enquanto a panela aquece, tire a massa da geladeira, passe um pouco de farinha de trigo sobre ela e faça o corte e a decoração que desejar. Essa é uma das partes mais divertidas do processo.
Passado os 30 minutos, tire a panela do forno, polvilhe farinha de arroz ou use papel Dover para o pão não grudar (é melhor que papel manteiga!).
Coloque o pão na panela, tampe, mas cuidado para não se queimar. Lembre-se, está MUITO quente. Você pode borrifar água na tampa quente, logo antes de fechar a panela, para formar o vapor que ajudará a manter a casca úmida enquanto o pão assa bem, de dentro pra fora.
Coloque a panela tampada no forno e deixe assar por 30 minutos a 250 graus. Lembre-se de usar o timer, uma santa ajuda. Depois, tire a tampa e veja como ficou seu pão.
Reduza a 220 graus e deixe assar por mais 20 minutos, sem a tampa. Reduza a 180 e deixe assar por mais 10 minutos, para deixar o miolo mais seco, reduzindo o excesso de umidade da massa. Nos minutos finais, acenda a grelha superior (se seu forno tiver) para ajudar a deixá-lo mais corado sem queimar a parte de baixo.
O tempo de cocção do pão pode variar de forno para forno. Fique de olho, sempre!
Passo 9 – Esperar
Depois de assado, tire o pão da panela e deixe esfriar totalmente sobre uma grelha (pode ser na grelha do fogão), deixando o ar passar por cima e por baixo do pão, para que a casca de baixo não fique úmida demais por conta do calor. Esse tempo é importante para que o pão termine a cocção, mesmo fora do forno.
RESUMO DA ÓPERA
Autólise na geladeira por 1 hora
Sovar a massa por 10 a 15 minutos
Dobras a cada meia hora, por 2 horas
Descanso de 2 horas (primeira fermentação)
Pré-moldagem
Descanso de 30 minutos
Enriquecer a massa com pedaços de nozes
Moldagem final
Segunda fermentação em temperatura ambiente por 3 horas ou na geladeira de 12 a 24 horas
Pré-aquecer forno e panela com tampa por 30 minutos
Assar a 250 graus por 30 minutos
Tirar a tampa e continuar a assar a 220 graus por 20 minutos
Finalizar a 180 graus por 10 minutos (ligando grelha superior nos últimos minutos para dourar)